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O Impacto Silencioso: A Explosão dos Afastamentos por Transtornos Mentais no Brasil
A escalada dos transtornos mentais no ambiente de trabalho revela a urgência de políticas de bem-estar e a necessidade de romper com modelos
A escalada dos transtornos mentais no ambiente de trabalho revela a urgência de políticas de bem-estar e a necessidade de romper com modelos de produtividade adoecedores.
Colunista Mundo RH, Leila Arruda, fundadora da Larruda Desenvolvimento Humano.
Os números são alarmantes e exigem uma reflexão urgente: em 2024, o Brasil registrou um aumento de 68% nos afastamentos do trabalho por transtornos mentais em comparação com o ano anterior. Dados do Ministério da Previdência Social revelam uma realidade preocupante, onde a maioria dos afetados são mulheres, e ansiedade e depressão se destacam como os principais vilões. Burnout e estresse, muitas vezes subnotificados, completam esse cenário sombrio.
A cultura da “pressão para dar conta de tudo”, por muito tempo vista como sinônimo de produtividade, mostra-se agora como um projeto falido. O mito do profissional multitarefa, ainda tão valorizado em nossa sociedade, cobra um preço alto: a saúde mental. E essa carga, já pesada para todos, torna-se ainda mais insustentável para as mulheres, que acumulam papéis e responsabilidades dentro e fora do ambiente de trabalho.
A teia invisível que nos aprisiona
É preciso reconhecer a teia invisível que ainda nos prende a esse modelo adoecedor. A pressão social, a cobrança por uma perfeição inatingível e a falta de apoio criam um ciclo vicioso que alimenta a ansiedade e a depressão. É hora de romper com esse paradigma e construir um ambiente de trabalho mais humano, seguro e acolhedor.
O cuidado como prioridade
A saúde mental deve ser tratada como prioridade — tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. É fundamental que as empresas adotem medidas concretas para promover o bem-estar dos colaboradores, como a criação de programas de apoio psicológico, a flexibilização da jornada de trabalho e a construção de um ambiente livre de assédio e discriminação.
A importância do diálogo
Falar sobre saúde mental é urgente. É preciso quebrar o tabu, criar espaços seguros para o diálogo e incentivar a abertura emocional. Compartilhar experiências, buscar ajuda profissional e construir redes de apoio são passos essenciais para enfrentar esse desafio coletivo.
Juntos pela mudança
A transformação começa com conscientização e ação. É necessário desconstruir o mito do profissional multitarefa, valorizar o trabalho focado e promover uma cultura baseada em cuidado e respeito mútuo. Juntos, podemos construir um futuro em que a saúde mental seja prioridade e o bem-estar de todos seja efetivamente valorizado.
Dicas práticas para promover a saúde mental no trabalho
Para as empresas:
Programas de bem-estar: Implemente iniciativas que promovam a saúde física e emocional dos colaboradores.
Canais de apoio: Disponibilize meios seguros e confidenciais para que os colaboradores possam buscar ajuda.
Treinamento de líderes: Capacite gestores para identificar sinais de risco psicossocial e atuar de forma preventiva.
Flexibilidade: Ofereça horários flexíveis e modalidades de trabalho híbrido ou remoto sempre que possível.
Cultura de respeito: Promova ambientes livres de assédio, discriminação e sobrecarga.
Para os colaboradores:
Autocuidado: Priorize o descanso, a alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas.
Busca por ajuda: Procure apoio profissional ao sinal de sobrecarga emocional, ansiedade ou esgotamento.
Comunicação: Converse com lideranças e colegas sobre suas necessidades, limites e expectativas.
Definição de limites: Aprenda a dizer “não” e a separar a vida pessoal da profissional.
Rede de apoio: Fortaleça suas conexões com familiares, amigos e grupos de suporte.
A saúde mental é um direito de todos e uma responsabilidade compartilhada. Que possamos construir ambientes mais acolhedores, onde trabalhar e viver sejam atividades que caminhem lado a lado com o bem-estar.
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