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Burnout: por que ele atinge os melhores e como líderes podem preveni-lo

Embora programas de bem-estar e benefícios ajudem, eles não atacam a raiz do problema. A responsabilidade de criar um ambiente onde o burnout não se instale é da liderança

O burnout deixou de ser um problema individual para se tornar um fenômeno organizacional reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. Desde a pandemia, ele figura entre as principais razões para pedidos de demissão — e, ironicamente, costuma atingir primeiro os profissionais mais engajados e produtivos. Cinismo, esgotamento físico e emocional e a sensação silenciosa de “não me importo mais” são sinais de alerta que líderes não podem ignorar.

Embora programas de bem-estar e benefícios ajudem, eles não atacam a raiz do problema. A responsabilidade de criar um ambiente onde o burnout não se instale é da liderança.

1. Estabeleça limites claros fora do expediente

Responder e-mails à noite ou mensagens no fim de semana pode parecer inofensivo, mas cria uma cultura de disponibilidade constante. O exemplo começa no topo: defina um horário de corte para comunicações e respeite-o. Instituir uma regra de não enviar mensagens fora do expediente sinaliza que o tempo pessoal é prioridade e reduz a pressão para estar sempre conectado.

2. Esteja atento às mudanças sutis de comportamento

O esgotamento nem sempre é visível. Alguns demonstram frustração ou retraimento; outros mantêm a entrega, mas a um custo alto, até colapsarem.

  • Observe sinais: queda de energia, menos participação em reuniões ou mudanças no tom de voz podem indicar sobrecarga.
  • Estimule interesses fora do trabalho: hobbies, voluntariado e projetos pessoais funcionam como “reset” mental e fortalecem a resiliência.
  • Crie momentos de conexão: conversas informais, almoços de equipe ou alguns minutos de interação antes de uma reunião ajudam a reduzir a sensação de isolamento.

Uma pergunta simples como “Como está sua energia?” pode abrir espaço para diálogos sinceros e preventivos.

3. Dê mais autonomia

Um dos maiores gatilhos do burnout é a falta de controle sobre como o trabalho é feito. Pesquisas mostram que, quando as demandas são altas, ter autonomia sobre tarefas, ritmo e métodos reduz o esgotamento e o cinismo.

Confiar nas pessoas para decidir como entregar resultados não significa abrir mão de autoridade, mas sim criar espaço para que usem suas melhores habilidades. Esse tipo de liberdade alimenta motivação intrínseca, criatividade e resolução de problemas.

Liderar para preservar

Prevenir o burnout exige mais do que iniciativas pontuais. É uma mudança de mentalidade: criar um ambiente em que limites sejam respeitados, sinais de sobrecarga sejam notados e a autonomia seja cultivada. Essa é uma estratégia que preserva talentos, melhora o clima organizacional e, no fim, aumenta a performance sustentável da equipe.

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